O crânio começou a pensar: o fémur anda muito doente e agora sempre que espirra o esqueleto treme todo.
Passado uma semana o crânio teve uma ideia e anunciou-a:
- Muito bem, ossos, quem quer ficar no lugar do fémur?
De imediato o ilíaco respondeu:
- Quero eu, quero eu!
Mas o crânio disse que ele não cabia, era demasiado pequeno e largo.
Passado uma hora já todos os ossos tinham falado, só faltava o fémur.

Mas ao saber que o fémur tinha recuperado, todos os ossos anunciaram em coro:
- Quem devia estar no lugar dele era eu!
A partir daí todos começaram a discutir.
Passado mais uma hora o crânio disse que eles eram todos importantes e nenhum podia sair do seu lugar, se não o esqueleto ficava todo trocado.
Então, a partir daí, os ossos perceberam que eram todos importantes e nunca mais discutiram.
Maria Carolina Castanho
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